terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Escultura

Esculpindo num cubo de gelo
Vou fazendo minhas lágrimas vazias
Com todo o cuidado e zelo,
Monto-as como em todos os dias.

Faço-as como num apelo
Esculturas cantando pingando dizias:
De um beijo elas são o selo
De atividades de águas vadias.

Escultura como toda pedra tonta,
Tu e tuas virtudes amedronta,
Aquelas de quem te tem como escultura.

Agora, de gelo pedra dura,
Dia claro e triste noite escura,
Minha escultura de lágrima te encontra.

(1997)

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