segunda-feira, 22 de março de 2010

Café

Ai, café!

Como amo esse neguinho gostoso! O cheiro que invade as narinas e toma conta da sala só é comparável em força ao do chocolate. De vez em quando desço do céu para pilotar fogão. E ali eu experimento a trufa, derreto o chocolate meio amargo com um pouco de creme de leite e, claro, a vodca para conservar e dar sabor. A de café é um pouco diferente, feita com chocolate branco e café solúvel. Um sabor incomparável.

Incomparável ainda é este cheiro na minha sala. A fumaça branca subindo da cafeteira parece um gênio sendo libertado da lâmpada. Gênio, definitivamente, foi o sujeito que descobriu que, torrados e moídos, os grãos vermelhos e firmes tinham um aroma inigualável, que atravessou séculos e gerações.

Incomparável é pensar que é algo tão comum em nossa vida, tão pouca quantidade, mas que faz uma diferença danada. Revigora, esquenta o corpo, aquece a alma. Faz levantar ideias, pensamentos, ações. Faz levitar.

Incomparável é a força que ele traz. O paladar refinado procura notas de chocolate, frutas e madeiras, tal qual um bom vinho. Vinho é bom, mas às vezes dá sono. Café dá vida.

Incomparável é a capacidade que ele tem de reunir as pessoas logo no começo do dia, seja no trabalho ou em casa. Café é o singular e perfeito acompanhante de leite, pão, requeijão, suco. Ele reina absoluto. As pessoas habitualmente não dizem "vou comer um pão". Dizem, à hora do lanche, "vou tomar um café".

Continuo amando o chocolate, mas o café tem o seu lugar especial. Já ganhei muitos presentes nesta vida. Certamente o melhor deles foi uma xícara de um delicioso café, feita com todo o carinho do mundo, na manhã do meu aniversário.

2 comentários:

  1. Nossa... que delícia de conto... deu vontade de comê-lo acompanhado de uma boa xícara de um bom café. Por falar nisso, já que trabalhamos tão perto, quando vamos tomar um café juntos?
    :*

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  2. Justo, rs. Certa vez, um amigo veio dos EUA para o Brasil, e eu encomendei um café brasileiro arábica de lá, acredita? E um exemplar do The Godfather do Mario Puzzo, rs. Café com letras...

    Beijo,
    G.peruchi

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