"Hoje eu vou mudar
Vasculhar minhas gavetas
Jogar fora sentimentos
E ressentimentos tolos.
Fazer limpeza no armário
Retirar traças e teias
E angústias da minha mente
Parar de sofrer
Por coisas tão pequeninas
Deixar de ser menina
Pra ser mulher!
Hoje eu vou mudar
Pôr na balança a coragem
Me entregar no que acredito
Pra ser o que sou sem medo.
Dançar e cantar por hábito
E não ter cantos escuros
Pra guardar os meus segredos
Parar de dizer:
Não tenho tempo pra vida
Que grita dentro de mim
Me libertar!
(...)"
Sou fã da Vanusa. Muito. Para mim não há voz no Brasil que combine mais com rock do que a dela (desculpa, Pitty, também te amo!). Tenho acompanhado as notícias sobre sua saúde e soube hoje que ela teve alta do hospital onde estava – completou inclusive seus 73 anos lá dentro – e já está de volta para seus muitos amigos e os filhos que estão sempre por perto.
Vanusa é uma mulher inspiradora. Até um casamento abusivo ela viveu alguns anos atrás, teve que se esconder para não ser mais perseguida. Depois teve o episódio do hino nacional, onde começou a ficar claro um problema de ordem neurológica. Acaba de sobreviver a uma pneumonia severa. E renasce.
Ontem me peguei ouvindo esta música dela, que não estava na minha playlist, mas é das mais conhecidas: “Mudanças”. Ela é puro empoderamento e autoempatia. Não há coisa mais linda que uma mulher quando ela descobre a força que tem. É uma força doce e constante, e que sempre prova seus enormes efeitos no tempo.
Quando você pensar que não dá conta, levanta essa cabeça, faz a Vanusa e só vai, minha amiga. Suave como a gaivota e ferina como a leoa.
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