"A arte é longa, a vida é breve", diz Hipócrates, justificando perder um paciente durante a cirurgia.
E tome-lhe processo. Diante do juiz, tenta se explicar:
"A vida é breve, a ocasião fugaz, a experiência vacilante e o julgamento difícil."
Promotor que é, Confúcio quebra a ficha do sujeito:
"Quando os médicos diferem, o paciente morre."
Voltaire, um brilhante advogado de defesa, manda:
"A arte da medicina consiste em distrair o paciente enquanto a natureza cuida da doença."
Martinho Lutero, parente do morto, só quer que isso acabe logo:
"A medicina cria pessoas doentes, a matemática, pessoas tristes, e a teologia, pecadores."
Sócrates, chamado a depor, não acrescenta nenhuma novidade ao processo:
"Só sei que nada sei."
Por fim, Mark Twain, atacando de juiz, dá por encerrado o assunto, devolvendo a Hipócrates o CRM:
"Algumas pessoas nunca cometem os mesmos erros duas vezes. Descobrem sempre novos erros para cometer."