Um acidente deformara-lhe o corpo
E perdera de todo a vaidade
Todo rímel era um estorvo
Toda beleza infelicidade
Seis anos, o fulgor já morto
Apelou para a loquacidade
Escondeu-se num sorriso morno
Que lhe ofusca hoje a saudade
Daquilo que não viveu, só molecagem
Brincadeiras de menino com um sentido
Agora com trinta eis a maquiagem
A menina ao espelho não deixa mais caído
O pincel do delineador, agora há coragem
Para pintar seu rosto já não mais dolorido
Isso aí... de volta as escritas!
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